Atividades sobre (Variações
linguísticas)


Leia este poema, de Elias
José:
À moda caipira
Para a Sonia Junqueira, pela parceria e amizade.
U musquitu ca mutuca
num cumbina.
U musquitu pula
i a mutuca impina.
U patu ca pata
num afina.
U patu comi grama
i a pata qué coisa fina.
U gatu cum u ratu
vivi numa eterna luita.
U ratu vai cumê queiju,
vem um gatu i insurta.
U galu ca galinha
num pareci casadu.
A galinha vai atrais deli
i u galu sarta di ladu.
U pavão ca pavoa
mais pareci muléqui.
A pavoa passa réiva
e eli só abri u léqui.
U macacu ca macaca
num pareci qui si ama:
ela pedi um abraçu,
ele dá uma banana…
À moda caipira
Para a Sonia Junqueira, pela parceria e amizade.
U musquitu ca mutuca
num cumbina.
U musquitu pula
i a mutuca impina.
U patu ca pata
num afina.
U patu comi grama
i a pata qué coisa fina.
U gatu cum u ratu
vivi numa eterna luita.
U ratu vai cumê queiju,
vem um gatu i insurta.
U galu ca galinha
num pareci casadu.
A galinha vai atrais deli
i u galu sarta di ladu.
U pavão ca pavoa
mais pareci muléqui.
A pavoa passa réiva
e eli só abri u léqui.
U macacu ca macaca
num pareci qui si ama:
ela pedi um abraçu,
ele dá uma banana…
Eu mais ocê
cumbina
qui dá gostu di vê:
eu iscrevu essas poesia
i ocê cuida di lê…
(Cantos de encantamento. Belo Horizonte: Formato, 1996. p. 22.)
Exercícios:
1. Ao escrever esse poema, o autor não obedeceu às regras ortográficas da língua portuguesa.
a) Leia o nome do poema e tire uma conclusão: Por que, na sua opinião, o autor escreveu o texto desse modo?
b) Qual é o dialeto que o autor usou para escrever o poema?
2. Compare as palavras abaixo. As da coluna da esquerda estão escritas de acordo com as regras ortográficas, e as da coluna da direita estão escritas conforme aparecem no poema.
mosquito - musquitu
pato - patu
rato - ratu
a) Quais dessas palavras lembram mais o nosso jeito de falar?
b) Conclua: Nosso jeito de falar sempre corresponde ao modo como as palavras são escritas?
3. Compare em cada par de palavras abaixo as da esquerda com as da direita e tire conclusões sobre as diferenças entre oralidade e escrita.
mosquito — musquitu parece — pareci insulta — insurta
combina — cumbina come — comi salta — sarta
comer — cumê dele — deli
a) O que acontece com a vogal o de sílabas átonas (fracas), como em mosquito, quando a palavra é falada?
b) O que acontece com a vogal e da sílaba final das palavras, como em parece, quando ela é falada?
c) O que acontece com a letra l anterior à última sílaba, como em insulta, quando ela é falada?
d) Dessas mudanças, quais são as típicas do dialeto caipira?
e) Por que existem essas diferenças entre oralidade e escrita, na sua opinião?
4. Observe este trecho do poema:
“eu iscrevu essas poesia”
a) Além da grafia da palavra iscrevu, esse trecho apresenta outra variação em relação à
norma-padrão. Qual é ela?
b) Apesar dessa variação, podemos entender que o trecho se refere a uma única poesia ou a mais
de uma? Como é possível saber isso?
5. Na última estrofe do poema, o eu lírico se dirige a outra pessoa e compara seu relacionamento com ela ao relacionamento de vários animais.
a) Quem é essa pessoa?
b) O que o eu lírico pretende provar com essas comparações?
qui dá gostu di vê:
eu iscrevu essas poesia
i ocê cuida di lê…
(Cantos de encantamento. Belo Horizonte: Formato, 1996. p. 22.)
Exercícios:
1. Ao escrever esse poema, o autor não obedeceu às regras ortográficas da língua portuguesa.
a) Leia o nome do poema e tire uma conclusão: Por que, na sua opinião, o autor escreveu o texto desse modo?
b) Qual é o dialeto que o autor usou para escrever o poema?
2. Compare as palavras abaixo. As da coluna da esquerda estão escritas de acordo com as regras ortográficas, e as da coluna da direita estão escritas conforme aparecem no poema.
mosquito - musquitu
pato - patu
rato - ratu
a) Quais dessas palavras lembram mais o nosso jeito de falar?
b) Conclua: Nosso jeito de falar sempre corresponde ao modo como as palavras são escritas?
3. Compare em cada par de palavras abaixo as da esquerda com as da direita e tire conclusões sobre as diferenças entre oralidade e escrita.
mosquito — musquitu parece — pareci insulta — insurta
combina — cumbina come — comi salta — sarta
comer — cumê dele — deli
a) O que acontece com a vogal o de sílabas átonas (fracas), como em mosquito, quando a palavra é falada?
b) O que acontece com a vogal e da sílaba final das palavras, como em parece, quando ela é falada?
c) O que acontece com a letra l anterior à última sílaba, como em insulta, quando ela é falada?
d) Dessas mudanças, quais são as típicas do dialeto caipira?
e) Por que existem essas diferenças entre oralidade e escrita, na sua opinião?
4. Observe este trecho do poema:
“eu iscrevu essas poesia”
a) Além da grafia da palavra iscrevu, esse trecho apresenta outra variação em relação à
norma-padrão. Qual é ela?
b) Apesar dessa variação, podemos entender que o trecho se refere a uma única poesia ou a mais
de uma? Como é possível saber isso?
5. Na última estrofe do poema, o eu lírico se dirige a outra pessoa e compara seu relacionamento com ela ao relacionamento de vários animais.
a) Quem é essa pessoa?
b) O que o eu lírico pretende provar com essas comparações?
https://www.youtube.com/watch?v=OWkrebsp8Ng
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